quarta-feira, 1 de maio de 2013

Excentricidade

A fuga ao dito normal, que às vezes vejo, faz-me pelo menos esboçar um sorriso nos lábios. São os cabelos laranjas que sobressaem no meio da multidão, é um automóvel rosa choque ou verde alface, são os saltos enormíssimos, é uma roupa justa  a realçar curvas e tudo o mais, são as tatuagens em tudo quanto é sítio, são os piercings nos lugares mais inimagináveis, são os brincos farfalhudos...

Não tenho nada contra a excentricidade (entenda-se, fuga ao dito normal), se cada pessoa se sente bem na pele em que está ou com aquilo que tem. Existem determinados exageros que assentam que nem uma luva numa pessoa, vê-se mesmo que esta é assim, aquilo é parte integrante dela. No entanto, existe um outro lado, que, a meu ver, se passa mais com os adolescentes para se afirmarem, quando vestem uma determinada personalidade, que muitas vezes não é a deles. É uma busca incessante de algo, que eles, nem sabem bem o que é, cometendo erros ou loucuras que mais tarde se arrependerão. Cabe-nos a nós adultos ajudá-los a encontrar o seu caminho, o seu eu.

A excentricidade é algo que gosto de ver, se for bem aplicada, cuidada e condizer com a pessoa que a  usar, porque se o mundo fosse todo convencional, não teria piada nenhuma. É sempre bom uma lufada de ar fresco, um pincel colorido no meio do preto e do branco...

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