quarta-feira, 12 de junho de 2013

Relembrar a ... gravidez (Parte III)

Esta parte andava à muito para escrever e terminar mas gosto de escrever com calma. Para mim escrever com serenidade é como se estivesse a reviver o momento, é como reacender o passado de coisas tão boas,  tão intensas que nunca mais serão vividas. É uma tentativa minha de imortalizar o passado. Então cá vai o que ainda me lembro (continuando):

4) Lembro-me dos movimentos constantes
A minha pequena na barriga já era uma reguila, mexia, mexia, até mais não. Enfiava-se por sítios que até me deixava sem ar. Era uma aflição!!! Lembro-me que um dia, estava a apanhar sol e tinha uma parte da barriga à sombra e outra ao sol e a miúda mexeu-se para o lado da sombra ficando a sua mãe com a barriga toda deformada. Achei o máximo!!! E quando de manhã acordava, era logo brindada com uma data de movimentos!!! E à noite quando me ia deitar, a miúda não parava, era mesmo uma pulguita saltitona, parecia que não queria dormir mas depois lá se acalmava...

5) Lembro-me de manter a minha agilidade
Apesar de não ser muito grande, lembro-me de nunca ter perdido a minha agilidade: de me sentar no chão com uma barriga já considerável, de me sentar de pernas cruzadas. (A minha mãe passava-se!!!)

6) Lembro-me de dormir quase sempre bem
Se durante a gravidez sofri do mal do sono, o que eu queria sempre era dormir por isso nem  a barriga a crescer foi um obstáculo (Era um sinal para o que viria a seguir quando nascesse!!!)

7) Lembro-me de usufruir em pleno
Nos últimos meses de gravidez já não havia indisposições, nem vómitos, nem nada, então esta última parte da gestação foi uma maravilha, vivida em pleno e intensamente e nunca pensando na hora do parto (Ui!!!).

8) Lembro-me de estar mais sensível
Esta história das hormonas funciona mesmo.Havia dias que só me apetecia chorar e por incrível que pareça não tinha nenhum motivo especial. Lembro-me de, no dia da Mãe, ainda antes também de o ser, que chorei que nem uma madalena. Não me consegui conter e as pessoas que me viram nesse dia ficaram assustadas pensando que algo de errado se passava.

9) Lembro-me da ecografia 3D
Eu também não sabia mas a tecnologia é tramada. Ora isto era uma ecografia para visualizarmos o rosto da nossa cria e a minha claro está teimava em esconder a cara. Foi difícil  mas lá se conseguiu um espécie de foto de rosto. Quando olhámos para a foto, comentámos: "Olhos achinesados e boca grande como a mãe!", "Nariz e rosto do pai!" e não é que é mesmo assim...

10) Lembro-me da última festarola
Uns dias antes, sem saber que a pequena estava prestes a vir ao mundo, fizemos um pequeno convívio com uns amigos cá em casa.  Piadas, piadinhas, piadolas e outras estarolisses. Foi giro, rir até mais não.Foi uma festa, que quando olhamos para algumas fotos, chamamos-lhe "A despedida da barriguinha". Foi um adeus ao meu estado de graça e à barrigota em que um pequeno ser estava tão bem protegido.

11) Um último comentário
Ao olhar para trás, acho que não usufruí em pleno do meu estado de graça. Poderia ter gozado mais, brindado mais, aproveitado mais. Coloquei à frente disto tudo, outras coisas e poderia ter corrido muito mal. Ainda levei umas ricas rabucadas da minha médica, então nas últimas consultas nem se fala, saí de lá com um mal-estar, uma sensação de que se algo corresse mal, era minha a inteira responsabilidade. E sim, ela tinha razão. Não vale a pena abdicarmos de nós e de quem vem a caminho em detrimento de quê? De nada... Depois levas um chuto no rabinho e pronto está o caso resolvido... Por isso minha caras, se estais grávidas aproveitai ao máximo!

8 comentários:

  1. Fizeste-me relembrar as melhores e em simultâneo a piores épocas da minha vida... As melhores, pela sensação maravilhosa que é sentir o bebé mexer e simplesmente por sentir que está a acontecer verdadeira "magia" dentro de nós. Lembro-me de como era giro, logo no início, quando a gravidez ainda não era visível, pensar como me sentia especial e como as pessoas que se cruzavam comigo na rua não tinham a mínima noção do que se passava comigo... era um segredo maravilhoso! Das pessoas que me conhecem não consegui esconder praticamente tempo nenhum, por um lado porque sou um bocadinho desbocada, mas principalmente porque estava com uma má cara que era indisfarçável... isso lembra-me porque é que foram também as piores épocas... enjoei do princípio ao fim, incluindo vómitos várias vezes por dia nas DUAS gravidezes!!!!!!!!! nem me quero lembrar... é por essas e por outras que já não vai haver terceira... foge!

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    1. Eu só passei por uma experiência dessas mas acho fantástico o milagre que é a vida! Esquecemos tudo o resto (o mau claro!!!). Transformou-me por completo, toda a minha maneira de ver, ser e estar no mundo. Adorava ter um segundo filho mas devido a toda esta conjuntura não sei se vai ser possível. Enfim... Também não é nenhum drama...

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    2. Tens mais do que tempo para isso... a conjuntura há-de mudar, e se não mudar podes sempre mudar a tua maneira de lidar com a conjuntura!
      Os meus filhos têm 3 anos e meio de diferença (sempre achei que menos do que isso é loucura), mas pensando melhor... se tivesse sido um bocadinho mais não teria sido pior! Imagino eu que os ciúmes e as brigas diminuam quando a diferença de idade é maior. Eu e a minha irmã somos o exemplo disso (levado ao extremo). Ela é 19 anos mais velha do que eu e nunca me lembro de andarmos à briga... :-)

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    3. Obrigado mesmo!!! Ás vezes é preciso ouvir assim umas coisas... Eu também tenho um irmão e ele é 7 anos mais velho que eu e também não me lembro de ciúmes, brigas e queixinhas. Só me lembro de sermos um bocado turbulentos, sempre a fazer asneiras um ao outro mas isso é outra história...

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  2. Quanto a isso de tu e o teu irmão serem só "um bocado turbulentos"... não sei... seria interessante ter a opinião dos teus pais sobre esse assunto... uma questão de perspectiva, sabes? ;-)

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  3. Está-me a querer parecer que sou filha de loucos e eu própria sou louca! Os meus pais tiveram 7 filhos e só uma vez, por questões de saúde (a minha mãe esteve quase a morrer depois do #3 nascer), é que o intervalo entre nascimentos foi superior a 3 anos e meio. Eu tenho três filhos e a diferença entre a #1 e o #3 é de 3 anos e quase 2 meses, com a #2 pelo meio!
    Quanto a ciúmes entre irmãos, também podem acontecer com intervalos grandes. Eu sei de um caso em que a mais velha não queria saber do irmão para nada (votava-o ao desprezo, que quanto a mim é pior do que andar à luta) e a diferença era de quase 8 anos. Depende das crianças, depende das famílias...
    (Nota: a primeira frase é brincadeira, apenas peguei na frase da "Escondida" e a "apliquei").

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    1. Pois, cada caso é um caso!!! Quanto à loucura, ela faz parte da vida e também é saudável: "de menino e de louco todos temos um pouco".

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